O mundo pós pandemia que queremos construir com Ailton Krenak

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Durante toda a pandemia ele nos mostrou com clareza intelectual, emocional e espiritual que o que passamos é um sintoma da desconexão e não a causa deste colapso ecológico já avançado.

Resistindo em seu território destruído pela mineração ele nos dá exemplo de resiliência, de garra de viver e, sobretudo, de foco no que realmente importa.

O atual genocídio dos povos originários do Brasil e a já avançada sexta maior extinção em massa na história do planeta, são denunciados por ele com a força de quem perde familiares e sabe que lucrar depletando a base de recursos natural é suicídio em massa!

Ele deixa claro que se criamos classes de seres humanos menos importantes porque não se conformam com o que colonialistas chamam de ‘civilização’, terminamos todos com uma vida útil para o mercado, mas sem dignidade, sem soberania e a serviço da destruição planetária.

Ele tem denunciado que durante a pandemia os governos do mundo inteiro estão sendo sequestrados pelos grandes conglomerados corporativos financistas, armementistas, da mineração, das armas, da transgenia e dos petroquímicos e aproveitado que grande parte da população passa fome e luta para sobreviver enquanto uma parte menor fica trancada morrendo de medo, estes conglomerados e governos estão criando um mundo distópico com mais centralização de renda e poder, com mais degradação social, ambiental e econômica.

É neste cenário que converso com Ailton Krenak (@_ailtonkrenak ) sobre o futuro pós pandemia que nós, os 99% das pessoas composto por indígenas, quilombolas, ribeirinhas, campensinas, negras, pardas, pobres, LGBTs… queremos construir para que a humanidade e toda a vida tenham chances de seguir no planeta.