Podcast Impacto Positivo

"Segundo estudo, 57% dos deputados e 48% dos senadores eleitos em 2014 receberam dinheiro da indústria de alimentos. Os dados foram publicados pela ACT Promoção da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) no Dossiê Big Food, que explicita táticas da indústria para dominar o mercado para priorizar a venda de ultraprocessados. O problema é que esses alimentos, agora mais baratos que arroz e feijão, têm valor nutricional baixíssimo e ameaçam a saúde do brasileiro".
O movimento ambiental é muito mais antigo do que nos fazem acreditar.
O que você faria com sua energia e criatividade se não precisasse dedicá-los o tempo todo para garantir o básico da sobrevivência?
O Ministério da Agricultura comemora os 79.3 bilhões de dólares em exportação do agronegócio no primeiro semestre de 2022 enquanto mais de 33 milhões de brasileiros passam fome! Isso deixa bem claro que nossas instituições não estão mais a serviço da autonomia e saúde da população. Nesse episódio eu comento essa realidade absurdamente desumana e compartilho um texto que escrevi em 2017 compilando o trabalho e dados de pesquisa dos doutores em agronomia e agroecólogos Miguel Altieri e Pablo Tittonell.
Empresas como Bayer, Basf, Syngenta, JBS, Cargill e Nestlé mantiveram 278 reuniões com o alto escalão do governo Bolsonaro. Além da participação direta no lobby do agronegócio, essas multinacionais atuam em associações que financiam o Instituto Pensar Agro. Isso é o que revela o relatório "Os Financiadores da Boiada: como as multinacionais do agronegócio sustentam a bancada ruralista e patrocinam o desmonte socioambiental", divulgado dia 18 de julho pelo portal De Olho nos Ruralistas.
Aos poucos, perdemos nossa flexibilidade metabólica, aquela capacidade de ora funcionar digerindo carboidratos e ora gorduras para manter nosso metabolismo em equilíbrio. Mesmo as dietas supostamente saudáveis, equilibradas e com refeições de 3 em e horas tem falhado em reverter quadros de obesidade, diabetes e tantas outras doenças crônicas.
Dois países com histórias muito distintas têm saído nos noticiários da mídia corporativa e redes sociais ligadas ao agronegócio brasileiro - o Sri Lanka e a Holanda, ambos em função da crise alimentar global que se instala, mas com história e função na geopolítica atual bem diferentes. As mídias bancadas pelo agronegócio (e as redes sociais compostas por ele) vêm usando o caso do Sri Lanka e da Holanda para argumentar que sem a agricultura industrial não podemos alimentar a população mundial.
A história da evolução humana, pelo menos nos últimos 30 mil anos, não pode ser contada sem reconhecer a simbiose entre caninos e a nossa espécie.
A moradia, a alimentação, a água, a saúde e a mobilidade são as áreas mais essenciais das nossas vidas. Organizações muito poderosas estabelecem seus monopólios e nos alienam oferecendo comodidades sem revelar que lucram com nossa vulnerabilidade e dependência. Na verdade, pagamos por elas com nosso tempo de vida, saúde e autonomia.
Dando sequencia a uma série de conversas com o Victor Mal e o Jerome Sensier da ONG Rizomar, nesse episódio gravado para os podcasts Impacto Positivo e Café Colaspo retomamos o tema da insustentabilidade dos centros urbanos e conversamos sobre os desafios que enfrentamos para tecer redes de transição e encubar negócios regenerativos que possam fixar as pessoas com viabilidade econômica, ecológica e social em biorregiões saudáveis.