Não existe “eles”, nem “alguém tem que fazer alguma coisa”! Mais do que nunca precisamos do protagonismo coletivo! Da #reformaagrária e de usar o movimento de transição de forma estratégica. Até que todos entendam que sem meio ambiente não há economia nem futuro para humanidade, precisamos agir com o que temos. Apoiar o #MST, as redes de transição para o campo e as várias produções de base regenerativa.
O anti-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, segue o desmonte das leis ambientais para servir a exploração imobiliária e do agro-corporativismo (09/2020). A representatividade civil no Conama foi reduzida para revogar as resoluções 302 e 303, que estabeleciam normas como a proteção de uma faixa mínima de 300 metros de restingas e dos manguezais, além de mananciais urbanos e outros reservatórios de água.
Também revogaram a necessidade de licenciamento ambiental para projetos de irrigação e passaram a permitir a queima de resíduos poluentes (agrotóxicos) em fornos de produção de cimento.
O #agronegócio já concentra 77% das áreas agriculturáveis e entre 2006 e 2017 sua receita aumentou 69% (IBGE 2017). Mas quem produz mais de 70% do alimento é a agricultura familiar com aproximadamente 20% das terras, como o Dr Walter Steenbock explica nesse trecho do podcast.
A grande escala está a serviço da concentração de terras, poder e renda, devastando biomas e transformando o campo em uma plataforma de escoamento de produtos petroquímicos. Ela desertifica grandes áreas, destrói comunidades e culturas e carcinogênicos, depois passa essas áreas para as mineradoras ou simplesmente as abandona socializando os custos de saúde pública (doenças e mortes por intoxicação) e ambientais para a população pobre que não pode se mudar.
Precisamos planejar a restauração das culturas, solos e biodiversidade no campo em áreas importantes nos diversos biomas. Não basta “fazer a transição”, precisamos ser estratégicos para que as gerações futuras tenham alimentos, ar e água limpos para viver.