Desenho Ecológico e a Macropolítica

#136

A rotina ou a falta dela por conta das viagens com cursos e consultorias tem dificultado a produção da curadoria de notícias, mas nesses últimos dias eu recebi algumas notícias e assisti a alguns noticiários independentes que valem muito a pena comentar. Até porque eu recebi também algumas mensagens com pedidos específicos: que eu explicasse porque tenho me manifestado sobre as políticas sanitárias dizendo que as vacinas são uma decisão pessoal e não uma obrigação coletiva; qual a ligação entre esse tipo de ativismo e a pauta ambiental, da soberania alimentar e do planejamento de propriedades rurais; como não se desesperar, como não ficar desesperançoso, diante de pautas e poderes tão desproporcionais; e por fim um companheiro de jornada agroecológica me pediu que oferecesse ‘soluções práticas’ em relação às críticas que venho fazendo.

Diante do colapso ecológico, econômico e social que vivemos é preciso avaliar cada contexto com um pensamento crítico, ecológico e sistêmico e todas essas perguntas tem ligações profundas com uma pauta primordial que fundamenta tanto meu ativismo, os modelos de gestão, desenvolvimento comunitário e desenho ecológico com os quais eu trabalho: a materialização de uma vida saudável, resiliente e autônoma, de uma vida onde nos tornemos mais responsáveis pelas maneiras que suprimos nossas necessidades mais básicas passando para as gerações futuras um planeta digno, limpo e viável ao invés de um em crescente pobreza, cada vez mais poluído e inviável para a vida humana.

É na articulação local que criamos as condições dignas de moradia, alimentação, saúde e mobilidade que precisamos investir nosso tempo e energia porque esses cuidados não virão de governos centralizadores e corporações sociopatas.

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