O jeito ético e ecológico de pensar empreendimentos rurais

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O maior desafio dos empreendimentos com ética ecológica (e social) é, na verdade, multifacetado e envolve variáveis que embora estejam interligadas, precisam ser avaliadas dentro do contexto específico de cada empreendimento/família/região/capacidade financeira, etc. Com o risco cada vez maior de novas interrupções nos sistemas alimentares por crises sanitárias, políticas, econômicas e energéticas, o “desafio guarda-chuva”, digamos assim, é fazer com que os empreendimentos tenham uma função econômica, ecológica e social importantes em sua bio-região. Esses empreendimentos, em sua grande maioria, partem de um paradigma dentro do qual nosso viver está à serviço do bem comum, dos ecossistemas, das pessoas e sua cultura de autonomia e resiliência local. É importante, também, que esses empreendimentos combinem com o contexto (integral) de cada família, que estejam atrelados as suas paixões, que possam ser iniciados sem dívidas (ou com a menor dívida possível) e que capitalizem a capacidade de construir relacionamentos com a clientela local, complemente outros empreendimentos e que gere vendas/serviços repetidos (Groves, 2020). Trechos da oficina presencial na propriedade modelo da @co.futures em Serra Negra, SP, para cafeicultores, apicultores, neorurais e estudantes de agroecologia. A oficina teórica e prática teve como fios condutores a Gestão Holística e a Escala de Permanência da Linha Chave (EPLC). Com essas abordagens fiz uma leitura das paisagens social, ecológica e econômica da propriedade. Para oficinas sobre gestão e planejamento rurais com ética ecológica, nos mande uma mensagem.

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